São mais de 30 os partidos que se alinham para ocupar os 70 lugares do Conselho Legislativo de Hong Kong. Estas são as primeiras eleições depois das manifestações pró-democracia do "movimento dos chapéus-de-chuva", em 2014.

Hong Kong é uma região administrativa especial da China. A antiga colónia britânica está dividida entre os que se querem aproximar de Pequim, até agora maioritários no parlamento local, e os que querem a independência da região, os pró-democracia.

As eleições decorrem neste domingo, dia 4 de setembro, e têm a particularidade de contar com uma nova geração de jovens políticos que quer legislar e mudar o destino de Hong Kong. Mas estas eleições estão envolvidas em várias polémicas, seis candidatos pró-independência foram desclassificados e várias manifestações saíram às ruas, acusando o regime de "censura". 

Podem votar nestas eleições todos os cidadãos residentes permanentes no território com mais de 18 anos.

A Agência Lusa falou com Gonçalo Frey Ramos, 36 anos, está a seguir com interessa as próximas eleições para o Conselho Legislativo, apesar de a campanha "passar um pouco ao lado" deste consultor "porque é quase tudo em chinês". O interesse leva-o a contornar a barreira linguística e a fazer pesquisas para perceber a mensagem dos candidatos na Ilha de Hong Kong.

"Há uma divisão fácil que se pode fazer, que é separar os pró-democratas dos pró-Pequim, mas mesmo dentro dos pró-democratas há muitas fações", disse. Nestas eleições "está tudo um pouco perdido em discussões sobre a maior autonomia ou independência" em relação à China.

Segundo dados do Consulado de Portugal em Macau e Hong Kong, há cerca de 300 expatriados portugueses na Região Administrativa Especial chinesa, um número que se mantém estável nos últimos anos. No total serão cerca de 5.000 cidadãos inscritos com residência em Hong Kong, que inclui todos os cidadãos titulares de passaporte português.