Ao longo de 13 dias, a pandemia da Covid-19 limitou as ações de campanha, tendo sido escassos os almoços, jantares ou arruadas, com partidos e candidatos a optarem por curtos contactos de rua ou visitas a locais nos quais acabavam por apresentar propostas dos seus programas eleitorais ou a fazer declarações sobre determinados assuntos.
Ainda assim, a campanha eleitoral contou com a presença de vários líderes nacionais, como Catarina Martins (BE), Jerónimo de Sousa (PCP), Francisco Rodrigues dos Santos (CDS-PP), André Silva (PAN), João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega) e Gonçalo da Câmara Pereira (PPM).
Rui Rio (PSD) esteve nos Açores nas vésperas do arranque oficial da campanha, nos dias 08 e 09, e o secretário-geral do PS, António Costa, não marcou presença na região autónoma.
Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo regional de compensação, reunindo este os votos que não forem aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.
São Miguel, a maior ilha do arquipélago, elege 20 deputados, seguindo-se a Terceira, com 10 deputados, o Pico e Faial, com quatro parlamentares, e São Jorge, Santa Maria, Graciosa e Flores, com três.
A ilha mais pequena dos Açores, o Corvo, vai eleger dois deputados. Pelo círculo regional de compensação são atribuídos cinco mandatos.
Apenas as seis forças políticas que têm atualmente assento parlamentar (PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU e PPM) concorrem por todos os círculos.
PAN, MPT, Aliança, Livre, Chega, Iniciativa Liberal e PCTP/MRPP são os restantes partidos que se apresentam a votos.
Estão inscritos para votar um total de 228.999 eleitores.
Neste sufrágio foi possível aos eleitores exercerem o seu direito de voto de forma antecipada, por mobilidade, algo que até agora só era permitido nas eleições presidenciais, legislativas nacionais e europeias.
Os eleitores que o desejaram fazer, 3.541, manifestaram a intenção entre os dias 11 e 15, sendo que o voto antecipado se realizou no domingo passado
Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).
O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos, também um.
O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.
Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.
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