As autoridades indonésias elevaram hoje para o nível máximo o alerta relacionado com a erupção vulcânica na ilha turística de Bali e ordenaram a retirada de toda a população num raio de 10 quilómetros.
A Agência nacional para a gestão de desastres (BNPB) disse que o aeroporto de Bali foi encerrado por pelo menos 24 horas, com as autoridades a admitirem a sua reabertura na terça-feira após avaliação da situação.
“Na sequência do encerramento do aeroporto de Denpasar, a 27 de novembro, e por um período de 24 horas, reitera-se o apelo a todos os que viajem para Bali para que continuem a observar as regras de segurança em vigor naquela região e sigam as orientações das autoridades indonésias” disse à Lusa a fonte do gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
A mesma fonte refere que existe no aeroporto de Denpasar um “balcão de apoio da União Europeia” para cidadãos europeus, estando ainda a ser distribuída informação útil em português por parte das autoridades.
O monte Agung está a expelir uma coluna de cinzas em direção à atmosfera que ultrapassa os quatro quilómetros de altura, e que obrigou ao encerramento já no domingo do pequeno aeroporto internacional da ilha vizinha de Lombok, quando as cinzas se começaram a deslocar para leste.
As autoridades indonésias ordenaram a distribuição imediata de máscaras, dado que as cinzas vulcânicas continuam a cair em inúmeras aldeias.
Um responsável pela agência, citado pela Associated Press (AP), justificou a elevação do nível de alerta pelo facto de o vulcão ter começado a expelir magma. No entanto, disse que não esperava uma erupção de grandes dimensões.
Previamente, a zona de exclusão em torno do vulcão variava entre 6 e 7,5 quilómetros.
A última grande erupção deste vulcão ocorreu em 1963 e matou cerca de 1.100 pessoas.
Bali é o principal destino turístico da Indonésia, com uma afluência mensal de cerca de 200 mil turistas estrangeiros, segundo dados oficiais.
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