Trata-se da quinta vez que o Governo minoritário, formado por uma coligação entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o Unidas Podemos, consegue aprovar a extensão do estado de emergência, que vigora desde março.

O executivo socialista conseguiu a aprovação da nova prorrogação, depois de negociações de última hora com o Cidadãos, que não agradaram a várias formações regionais, recolhendo 177 votos a favor.

Numa votação em que a maioria dos membros da assembleia participou a partir de casa, através de meios telemáticos, votaram contra 162 deputados, nomeadamente os do Partido Popular - o maior da oposição - e os do Vox.

O plano de alívio das medidas de luta contra o novo coronavírus que está a ser implementado prevê o levantamento gradual do confinamento numa série de fases que deverão terminar em finais de junho, com a chegada a uma “nova normalidade”.

As regiões mais atingidas pela pandemia, Madrid, Barcelona e Castela e Leão, passam na segunda-feira à “fase um” do plano de alívio das medidas rígidas de luta contra a doença.

Estas regiões, onde está cerca de 30% da população de Espanha, juntam-se às restantes que, desde há duas semanas, já permitiam, por exemplo, a abertura de esplanadas com uma ocupação até 50% da sua capacidade ou a reunião no exterior ou em casa de até 10 pessoas, desde que sejam respeitadas as regras de distanciamento social.

Com 28.678 mortos e mais de 235 mil casos de infeção desde o início da pandemia, Espanha é o segundo país com mais mortos de covid-19 por cada milhão de habitantes, depois da Bélgica e antes da Itália, Reino Unido e França.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 339 mil mortos e infetou mais de 5,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.