A Audiência Nacional condenou "a 7 anos e 6 meses de prisão o segurança que manifestou nas redes sociais, em 2018, sua intenção de assassinar" Pedro Sánchez, pelos crimes de homicídio em grau de proposição e posse de armas de guerra, disse o tribunal em comunicado.
Manuel Murillo Sánchez, de 65 anos, fazia parte de um grupo de WhatsApp, no qual expressou, em diferentes ocasiões, a"intenção de acabar com o presidente do governo" como uma maneira de "produzir uma mudança na situação política espanhola", relatou o tribunal.
Por esse motivo, acrescentou a Justiça, "empenhou-se em pedir ajuda" neste grupo "para realizar o ato".
Nas mensagens, manifestava indignação com a decisão do governo de esquerda do socialista Pedro Sánchez de exumar os restos mortais do ditador Francisco Franco (1939-1975) de um mausoléu perto de Madrid para enterrá-los num cemitério discreto, o que aconteceu em outubro de 2019.
A Audiência Nacional admitiu que o réu não tinha "um plano definitivamente arquitetado, planeado e, menos ainda, concluído" para cometer o assassinato. Para condená-lo, o tribunal levou em consideração "a alta periculosidade" de sua "determinação", o arsenal encontrado na sua casa e o facto de praticar tiro há vários anos.
No momento da sua prisão em setembro de 2018, o homem tinha armazenado na sua residência, em Terrassa (Catalunha), "várias armas, munições e outros utensílios", conforme a decisão judicial datada de 11 de abril.
Na sua sentença, que também proíbe Murillo Sánchez de ser portador de armas durante oito anos, o tribunal descartou que o homem tenha agido sob "perturbação psicológica", ou, como alegou a sua defesa, sob efeito do consumo de álcool e de analgésicos.
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