“Podemos certificar que [a adesão] seria uma boa decisão, mas, claro, cabe ao povo finlandês decidir. Se a Finlândia e a Suécia se juntarem à NATO, a Aliança seria mais forte”, apontou Kallas durante uma conferência conjunta com a homóloga finlandesa, Sanna Marin.
Kallas e Marin reuniram-se na capital da Estónia para discutir a segurança da Europa na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, com a qual os dois países partilham uma vizinhança comum, e sobre um aumento da cooperação bilateral, especialmente em matéria de energia.
A primeira-ministra da Estónia disse que o seu país está a seguir “de muito perto” o debate sobre a possível adesão da vizinha Finlândia à NATO, uma questão que se tornou atual tanto nesse país nórdico como na Suécia, na sequência da ofensiva russa na Ucrânia.
A Finlândia e a Suécia são os únicos dois países nórdicos e bálticos que não pertencem à Aliança Atlântica, apesar de manterem uma estreita colaboração com esse organismo.
Segundo Kallas, a mensagem que a Estónia pode enviar à Finlândia é que a adesão à NATO não enfraqueceu as capacidades de defesa da Estónia quando a pequena república báltica entrou na Aliança, nem enfraquecerá a Finlândia se esta decidir aderir.
Kallas e Marin reiteraram a sua “forte condenação” à agressão de Moscovo contra a Ucrânia e a sua solidariedade para com o povo ucraniano, observando ao mesmo tempo a grande unidade que existe sobre esta questão no seio da União Europeia.
“É importante lembrar que, enquanto a Rússia está agora mais isolada que nunca, na Europa estamos mais unidos e mais fortes do que nunca”, afirmou Marin.
Relativamente a uma possível adesão à NATO, Marin insistiu que a Finlândia iniciou “um debate profundo” sobre essa possibilidade, tanto na sociedade como no seio dos próprios partidos políticos, pelo que se recusou a tomar uma posição até que esse debate estivesse concluído.
De acordo com a sondagem mais recente, a percentagem de finlandeses que se opõe à adesão à NATO caiu de 43% para 28% em pouco mais de um mês, enquanto os partidários da decisão subiram de 30% para 53%.
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