A informação foi avançada num aviso conjunto do FBI, da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) e da Agência de Cibersegurança e Segurança das Infraestruturas (CISA, em inglês).
No comunicado, as agências referem que, entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2022, foram detetados ataques informáticos “regulares” a empresas contratadas pela Defesa dos Estados Unidos, por parte de piratas informáticos (‘hackers’) apoiados por Moscovo.
Estas empresas apoiam o Departamento de Defesa e serviços de inteligência norte-americanos em áreas como sistemas de combate, comando, controlo e comunicações, além de vigilância e reconhecimento.
Também oferecem suporte no desenvolvimento de armas, mísseis e ‘software’, bem como no desenho de veículos e aeronaves ou na análise de dados, entre outros.
As agências destacaram que estas “intrusões contínuas” permitiram aos ‘hackers’ recolherem informações “sensíveis” e não classificadas, bem como tecnologia patenteada por estas empresas e que é exportada de forma controlada.
“As informações adquiridas fornecem uma visão significativa dos dados sobre o desenvolvimento da plataforma de armas e cronogramas de implantação, especificações de veículos e planos de tecnologia da informação e infraestrutura de comunicações”, alertam no comunicado.
As agências norte-americanas referem também que, com a obtenção de documentos internos sobre as patentes destas empresas e as suas comunicações por ‘email’, os "adversários" podem adaptar os seus planos e prioridades militares, acelerar o desenvolvimento de tecnologias e informar políticos estrangeiros sobre as intenções dos EUA.
O aviso insta também as empresas contratadas a aplicarem uma série de medidas para evitarem este tipo de roubos, pois caso não o façam previsivelmente os ‘hackers’ continuarão a realizar este tipo de ataques.
O alerta das agências de segurança norte-americanas surge num momento de tensão entre Washington e Moscovo, depois de a Rússia ter acumulado mais de 100 mil tropas na fronteira com a Ucrânia.
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