O pacote, no valor de 600 milhões de dólares (560 milhões de euros ao câmbio atual) e fornecido através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI), inclui equipamento para aumentar as defesas aéreas e de desminagem, bem como munições de artilharia.

“Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com os seus aliados e parceiros para fornecer à Ucrânia capacidades para satisfazer as suas necessidades imediatas no campo de batalha e as suas necessidades de assistência de segurança a longo prazo”, observou o Departamento de Defesa num comunicado.

Este anúncio surge apenas um dia depois de o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ter feito uma visita surpresa a Kiev para reafirmar o apoio à Ucrânia e ter anunciado um pacote de ajuda que ultrapassa mil milhões de dólares (932 milhões de euros) destinados não só à defesa, mas também ao apoio humanitário.

No mesmo dia, os Estados Unidos anunciaram o fornecimento à Ucrânia munições de urânio empobrecido, eficazes contra tanques e veículos blindados.

As munições de 120 milímetros destinam-se aos tanques de batalha norte-americanos Abrams e integram uma nova parcela de ajuda militar destinada a Kiev no valor de 175 milhões de dólares (163 milhões de euros), informou o Pentágono em comunicado.

A utilização de munições de urânio empobrecido, que têm maior capacidade de perfuração de blindagens, tem sido uma questão controversa devido aos seus potenciais impactos na saúde e no ambiente.

No entanto, numa conferência de imprensa realizada esta quinta-feira, a vice-porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, destacou que, apesar das críticas russas, não há provas de que as munições de urânio empobrecido causem cancro.

Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, a Administração Joe Biden atribuiu mais de 43 mil milhões de dólares (40,1 mil milhões de euros) em ajuda de segurança à Ucrânia e afirma que o seu apoio continuará enquanto for necessário.

Este último pacote é divulgado poucas horas antes do início da cimeira do G20 que se realiza no próximo fim de semana na Índia e na qual a Ucrânia será um dos temas que os principais líderes mundiais irão discutir.