Os norte-coreanos “deverão terminar os seus ensaios; devem concordar falar sobre a proibição das armas nucleares” antes de qualquer discussão, considerou a embaixadora em entrevista à televisão ABC News, sublinhando que o fim dos ensaios deve “durar um período suficientemente longo” antes de as negociações com os Estados Unidos poderem passar “à fase seguinte”.

Porém, advertiu, “isto não acontecerá da noite para o dia”.

O Presidente do Estados Unidos, Donald Trump, já admitiu que poderia conversar com a Coreia do Norte, mas “muitas coisas tinham de acontecer antes”.

Segundo Haley, “é muito importante não deixar que o líder norte-coreano se torne tão arrogante que não entenda o que aconteceria se começasse uma guerra nuclear”.

Donald Trump disse no sábado que estava pronto para conversar com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, mas avisou que os Estados Unidos estão prontos para “destruir totalmente” a Coreia do Norte em caso de ataque nuclear.

Na segunda-feira, Kim Jong-un aproveitou a mensagem de Ano Novo para comunicar que o país atingiu o seu objetivo militar de ter capacidade para ameaçar com as armas nucleares todo o território continental dos Estados Unidos.

Entretanto, a Coreia do Norte aceitou a proposta sul-coreana para encetarem conversações, estando o encontro marcado para terça-feira em Panmunjom, aldeia na fronteira entre os dois vizinhos, onde foi assinado o armistício da Guerra da Coreia (1950-53).

O porta-voz do Ministério para a Unificação, Baek Tae-hyun, disse aos jornalistas que estas conversações seriam sobre os Jogos Olímpicos de inverno em PyeongChang, que decorrem entre 09 e 25 de fevereiro, e sobre “a questão da melhoria das relações intercoreanas”.

O diálogo surgiu após dois anos de deterioração das relações bilaterais. Neste período, a Coreia do Norte realizou três testes nucleares e multiplicou os ensaios de mísseis.