“O lançamento aéreo de ajuda é uma das muitas formas que usamos para entregar a ajuda que os palestinianos em Gaza tão desesperadamente precisam e continuaremos a fazê-lo”, destacou hoje um porta-voz da Casa Branca.
A mesma fonte frisou ainda que Washington está a trabalhar “incansavelmente para aumentar a chegada de assistência humanitária por terra”.
O movimento islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, anunciou hoje a morte de 18 pessoas, incluindo 12 por afogamento, enquanto tentavam recuperar alimentos largados por via aérea no território devastado pela guerra.
“Deixem-me ser claro: foi o Hamas que iniciou esta guerra e que se recusou a aceitar um acordo sobre a libertação dos reféns que permitiria um aumento na assistência humanitária”, realçou ainda o porta-voz do executivo liderado pelo democrata Joe Biden.
Também o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, considerou hoje o número de vítimas civis na Faixa de Gaza “muito elevado” e a ajuda humanitária “demasiado baixa”, antes de receber o seu homólogo israelita no Pentágono.
Austin indicou que iria discutir com Yoav Gallant alternativas a uma operação israelita em grande escala no sul de Gaza, enquanto o ministro israelita apontou que a reunião tinha como ponto de ordem “a evolução da situação em Gaza e os meios para alcançar” os objetivos de Israel, a “eliminação do Hamas e o regresso dos reféns israelitas”.
Já a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, apelou hoje à expansão em grande escala das entregas de alimentos a Gaza, com medidas que facilitem a passagem de camiões.
A ministra alemã falava em Telavive, após uma visita à passagem de fronteira de Kerem Shalom, no sul de Israel, o principal ponto de inspeção para camiões que entram em Gaza.
Quer do lado egípcio, quer de Israel, a origem dos estrangulamentos é atribuída ao “transbordo entre camiões, camiões que por vezes têm de ser transbordados três vezes e inspecionados três vezes”, alertou Baerbock.
Sobre a possibilidade de passarem camiões diretamente para Gaza, a governante alemã realçou que a Jordânia “tem um pequeno projeto-piloto nesta região para o seu próprio hospital de campanha”.
Cerca de 2,2 milhões de pessoas, segundo a ONU, a grande maioria da população de Gaza, estão ameaçadas de fome.
A ministra anunciou também às autoridades locais em Kerem Shalom que a Alemanha está preparada, em colaboração com os Países Baixos, para fornecer ‘scanners’ para realizar verificações de segurança.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 32 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.
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