“Os Estados Unidos (EUA) felicitam Tsai Ing-wen pela sua reeleição no escrutínio presidencial em Taiwan”, escreveu o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, num comunicado citado pelas agências internacionais.

“Sob a sua liderança, esperamos que Taiwan continue a servir como um brilhante exemplo para os países que lutam pela democracia”, referiu o secretário de Estado norte-americano.

Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (pró-independência), foi hoje reeleita para um segundo mandato presidencial de quatro anos, vitória que está a ser interpretada como um sinal da forte oposição dos eleitores da ilha às revindicações da China sobre aquele território.

“Taiwan mostrou ao mundo o quanto amamos o nosso modo de vida livre e democrático, bem como a nossa nação”, afirmou Tsai Ing-wen, em declarações à comunicação social.

No escrutínio de hoje, Tsai Ing-wen conseguiu uma votação de 57,1%, contra os 38,6% alcançados pelo seu principal adversário, Han Kuo-yu, do Partido Nacionalista, segundo os resultados definitivos divulgados pela Comissão Eleitoral.

Tsai Ing-wen, que é contra o princípio de “uma China única”, alcançou hoje 8,1 milhões de votos, mais 1,3 milhões de votos face às eleições presidenciais de 2016.

Também em reação às presidenciais em Taiwan, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, felicitou o povo daquele território pela “alta participação” registada no escrutínio.

“Os nossos respetivos sistemas de governança estão fundados num compromisso partilhado com a democracia, o Estado de Direito e os direitos humanos”, referiu uma porta-voz do Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, num comunicado.

A mesma nota frisou que a UE acompanha atentamente o desenvolvimento da relação entre Taiwan e a China, lembrando que o bloco comunitário “tem incentivado um diálogo e um compromisso construtivo”.

Os 19 milhões de eleitores de Taiwan foram hoje chamados às urnas para escolher entre duas visões divergentes sobre o futuro do território e das suas relações com Pequim.

Tsai Ing-wen, no poder desde 2016, contesta e considera autoritário o poder comunista de Pequim, enquanto o opositor Han Kuo-yu defendeu durante a campanha uma abordagem mais flexível com a China.

Pequim considera a ilha de Taiwan parte do seu território, não excluindo o uso da força, caso seja necessário, para assumir o controlo da região.

Taiwan, ilha com cerca de 23 milhões de pessoas, está politicamente separada da China há sete décadas.

O território, que é apenas considerado um país independente por um pequeno grupo de Estados, reclama a sua independência da China desde a guerra civil de 1949.

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