Biden voltou a pedir que o Senado não se pronuncie antes das eleições presidenciais de 03 de novembro sobre a escolha de Amy Coney Barrett para o lugar deixado vago pela juíza Ruth Bader Ginsburg, que morreu na passada semana.
“Nunca na história do nosso país um juiz do Supremo Tribunal foi designado e colocado no decurso de uma eleição presidencial”, disse Biden numa conferência de imprensa em Wilmington, a sua cidade, no estado norte-americano de Delaware.
Em vários estados, a votação para a eleição do próximo presidente dos EUA já começou.
“O presidente Trump tenta há quatro anos eliminar o Affordable Care Act” (Ato de Cuidados Acessíveis, em tradução livre), acrescentou Joe Biden sobre o decreto do ex-Presidente Barack Obama que criou o chamado Obamacare, quando Biden era vice-presidente.
“Agora, esta administração acredita ter encontrado subitamente uma abertura com a morte trágica da juíza Ginsburg”, acrescentou.
Biden lembrou que o mundo atravessa a sua pior crise sanitária no último século e, apesar disso, “a administração Trump pede ao Supremo Tribunal a revogação do Ato de Cuidados Acessíveis”.
Juíza do Tribunal de Recurso do 7.º Circuito, em Chicago, devota católica que trabalhou com o antigo juiz conservador Antonin Scalia, Barrett mostrou-se “profundamente honrada” pela confiança demonstrada por Trump, numa cerimónia nos jardins da Casa Branca.
Barrett terá feito parte da lista de possíveis nomeados em 2018, quando Trump escolheu Brett Kavanaugh para substituir Anthony Kennedy.
Com 48 anos, caso seja confirmada, Barrett será a juíza mais jovem do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, no qual os nove elementos podem permanecer de forma vitalícia.
Os senadores republicanos tudo farão agora para que a confirmação de Barrett no Senado, que dominam, seja tão rápida quanto possível, antes das eleições presidenciais de 03 de novembro, blindando os ganhos conservadores no sistema judicial federal antes de uma potencial transição de poder.
Trump, pelo seu lado, espera que a nomeação da juíza católica lhe traga ganhos eleitorais na luta com o democrata Joe Biden pela ocupação da Casa Branca.
A ser confirmada, Barrett será o sexto dos nove membros do Supremo a ser nomeado por um presidente republicano, e o terceiro do mandato de Trump.
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