“Mal vai a campanha do Pedro Marques quando tem de recorrer a uma inverdade”, acusou o número cinco da lista social-democrata, em declarações à Lusa e Antena 1, à margem de uma iniciativa de campanha ao lado do cabeça de lista Paulo Rangel, na praia de Cortegaça (em Ovar, no distrito de Aveiro).

O cabeça de lista europeu do PS, Pedro Marques, pediu hoje ao seu adversário direto do PSD, Paulo Rangel, para perguntar ao "número cinco" da sua lista, Álvaro Amaro, qual foi o trabalho que desenvolveu enquanto ministro das Infraestruturas.

Numa intervenção na Guarda, o "número um" europeu do PS afirmou que Álvaro Amaro, enquanto presidente da Câmara da Guarda, elogiou a sua ação no atual Governo socialista para a requalificação e modernização das ferrovias da Beira Alta e Beira Baixa - um investimento que estimou em mais de 70 milhões de euros.

Na resposta, o autarca – que tem o mandato suspenso desde que foi formalizada a candidatura europeia – explicou que, no início de funções de Pedro Marques, congratulou-se por o atual Governo ter dado andamento ao que o anterior tinha iniciado, que era fazer o troço que faltava da linha da Beira Baixa.

“Este Governo quando iniciou funções reverteu, reverteu, e esta parte não reverteu, e isso tenho de aplaudir”, afirmou, destacando também uma medida tomada por Pedro Marques para incentivar uma melhor execução de fundos por parte das autarquias.

No entanto, contrapôs, nos programas nacionais, que são da competência do Governo, existe “um atraso imenso” na execução dos fundos, dizendo que “basta perguntar às empresas".

“O diagnóstico de Paulo Rangel corresponde à triste realidade. Como é que posso fazer um elogio se, tal como diz Paulo Rangel, olhamos para a realidade da execução dos fundos e ela atrasou Portugal?”, criticou.

Álvaro Amaro acusou ainda Pedro Marques de “desespero” por “pegar em testemunhos fora do contexto” para a campanha europeia.

“Pedro Marques deve estar num tal desespero que tem de descontextualizar algumas afirmações de um autarca, apenas para se afirmar como um ministro responsável pela boa execução dos fundos. Não é. Ponto”, realçou.