Pedro Marques assumiu estas posições no final de uma conferência sobre o pilar dos direitos sociais na União Europeia, em Guimarães, na qual também participou o dirigente socialista e ministro do Trabalho, Vieira da Silva.

Na sua intervenção, Pedro Marques advogou que os governos do PS, desde Ferro Rodrigues, até Vieira da Silva, têm "um património ao nível do apoio às instituições sociais".

Mas, foi mais longe depois de se referir à criação do complemento social para idosos no primeiro executivo liderado por José Sócrates (2005/2009).

"Tenho orgulho de fazer parte de um país que foi de longe o que mais reduziu a pobreza dos idosos desde que há estatísticas, baixando para mais de metade a pobreza dos idosos em Portugal. E foi sempre com medidas de governos do PS, com a nossa marca, que conseguimos melhorar as condições de vida dos idosos mais pobres", sustentou.

O cabeça de lista europeu socialista criticou o estilo de campanha eleitoral "rasteira" em que se "procura o pequeno caso para depois ver qual a picardia que se monta", procurando aqui traçar uma linha de fronteira com entre os socialistas e o Partido Popular Europeu (PPE), cujo programa "não tem uma linha sobre o pilar dos direitos sociais".

"Esta nossa campanha eleitoral é para esclarecer e isso talvez ajude a combater a abstenção", considerou, já depois de se ter referido ao fenómeno do populismo na Europa e em Portugal.

"O populismo e a extrema-direita não cresceram em Portugal por causa deste Governo, porque se conseguiu governar para as pessoas ao longo dos últimos três anos e meio. Se isto tivesse mudado para o PS e se tivesse ficado tudo na mesma, talvez a história tivesse sido outra", disse.

Numa das intervenções de abertura da conferência, a "número dez" da lista europeia do PS, a professora universitária Isabel Estrada Carvalhais, falou sobre as marcas que a "troika" deixou em Portugal.

"Tantos pais que ficaram sem os seus filhos por perto e tantos casos de desemprego. Não foi uma narrativa. Esse é o outro lado da Europa e não queremos que ela continue", afirmou, saindo em defesa de uma agenda social para a União Europeia.

Isabel Estrada criticou ainda os responsáveis europeus que, "a pretexto do rigor, fizeram sofrer muitas pessoas, entre os quais muitos portugueses".

"Temos de ter voz forte no Parlamento Europeu, algo que já não acontece há muitos anos. A União Europeia não tem de reinventar-se. Tem de reencontrar-se com os seus valores", acrescentou.

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