Dickson Ndiema Marangach, que foi apresentado pela polícia do Quénia como companheiro da atleta, sofreu ferimentos em 30% do corpo no ataque mortal contra Cheptegei, que virou um caso emblemático de violência de género.

"É verdade que perdemos Dickson Ndiema ontem à noite, por volta das 20H00", disse à AFP um funcionário do departamento de Comunicação do Moi Teaching and Referral Hospital (MTRH), na cidade de Eldoret.

Cheptegei, corredora de longas distâncias de 33 anos que se estreou em Olimpíadas nos Jogos de Paris, foi encharcada com gasolina pelo seu companheiro, que em seguida ateou fogo no seu corpo, no dia 1º de setembro.

A ugandesa, que sofreu queimaduras em 80% do corpo, morreu quatro dias depois. Segundo o jornal The Standards, as filhas da atleta, de 9 e 11 anos, estavam presentes no momento do ataque.

O funeral da maratonista acontecerá em 14 de setembro no seu país de nascimento.

O assassinato provocou uma onda de indignação mundial. O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, condenou a morte da atleta e lembrou que "a violência de género é uma das violações mais frequentes dos direitos humanos no mundo e deve ser tratada como tal".

Paris anunciou que dará o nome da atleta a uma arena desportiva.