"A nossa equipa encontra-se em segundo lugar, com 20,9%" dos votos, disse a antiga tutelar do cargo, sustentando que as sondagens que lhe dão o terceiro lugar "são suspeitas e manipuladoras".
O comediante ucraniano Volodymyr Zelenski e o atual líder do país, Petro Poroshenko, foram hoje os candidatos mais votados nas eleições presidenciais, segundo as sondagens à boca das urnas, e irão disputar a segunda volta em 21 de abril.
De acordo com a empresa TSN, Zelenski obteve 30,1% dos votos e Poroshenko 18,5%, enquanto a ex-primeira-ministra, Yulia Timoshenko, conseguiu 14%, revelou o canal de televisão ucraniana 1+1.
Outras sondagens realizadas à boca das urnas e cujos resultados foram divulgados por outros meios ucranianos confirmam a clara vitória do ator frente ao atual Presidente.
Esta vitória era esperada, uma vez que o ator liderava as sondagens de opinião desde finais de janeiro.
Volodymyr Zelensky considerou os resultados "um primeiro passo em direção a uma larga vitória", na segunda volta das eleições.
À partida, o ator de 41 anos parte como favorito, embora os analistas considerem que a máquina financeira e organizada ao serviço de Poroshenko poderá dar a volta a esta tendência.
Poroshenko disse, numa conferencia de imprensa depois de conhecido o seu segundo lugar, que não sentia “qualquer tipo de euforia” e que entendeu “o sinal que a sociedade mostrou hoje ao Governo”.
Os ucranianos foram às urnas num cenário de um prolongado conflito armado com a Rússia e elevados níveis de corrupção. Os principais protagonistas revelam diferenças de posição sobre questões internas, mas todos mostram simpatia com a intenção de adesão da Ucrânia à União Europeia e à Nato.
Com 41 anos de idade e uma década como ator e comediante, Volodymyr Zelensky enfrentou o atual Presidente numas eleições a que concorreram 39 candidatos com pais com 35 milhões de eleitores.
Petro Poroshenko, 53 anos, atual Presidente e de novo candidato em lista independente, derrotou em 2014 a voz mais crítica do seu mandato: Yulia Tymoshenko, 58 anos, a mulher que ocupou por duas vezes o lugar de primeira-ministra.
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