“As Forças de Defesa de Israel [FDI] e os seus comandantes lamentam qualquer dano a civis não envolvidos, incluindo os que se encontram numa situação de combate e nas proximidades de terroristas armados durante as trocas de disparos”, assinalou a fonte militar num comunicado.
O exército israelita indicou que Jana Zakaran, de 16 anos, se encontrava no telhado de uma casa “perto dos atiradores” que apontavam em direção às forças militares envolvidas na operação.
“A afirmação de que as forças de segurança dispararam deliberadamente contra civis não envolvidos é inverosímil e carece de fundamento”, indicou a mesma nota informativa.
Em paralelo, responsáveis oficiais palestinianos indicaram que Jana Zakaran foi morta durante a noite, enquanto a agência noticiosa palestiniana Wafa revelou que a família a procurou durante cerca de uma hora e encontrou o seu corpo no telhado da casa após as tropas israelitas se terem retirado da área.
Após confirmar que alguns soldados “dispararam contra telhados” durante a rusga militar, que implicou 18 detenções, as Forças Armadas israelitas anunciaram a abertura de uma investigação para determinar se a adolescente foi confundida com um atacante quando se encontrava no telhado, se estava perto de algum atirador ou se estava na linha de fogo.
As FDI também feriram dois outros civis com disparos nos membros inferiores, no decurso desta nova incursão a Jenin (norte), um dos bastiões da resistência palestiniana na Cisjordânia ocupada.
O exército israelita tinha indicado anteriormente que pelo menos três dos detidos são suspeitos de envolvimento em “atividades terroristas”.
“Durante a operação, vários suspeitos lançaram explosivos e efetuaram disparos massivos contra os militares, que dispararam contra homens armados”, disse a fonte militar, que assegurou não existirem soldados feridos.
Cerca de 150 palestinianos já foram mortos em 2022 em operações militares ou durante confrontos com o exército israelita, o balanço mais mortífero desde 2006.
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