Segundo o resumo noturno das Forças Armadas ucranianas sobre a situação militar no país, as tropas russas realizaram 22 ataques aéreos e mais de 50 bombardeamentos através de sistemas de mísseis MLRS.

A defesa ucraniana afirma que, do seu lado, realizou “13 ataques aéreos nas áreas de concentração das forças armadas russas e três ataques nas posições dos sistemas de defesa aérea das forças armadas da Federação Russa”.

Reivindica ainda o abate de um helicóptero russo Ka-52 e de um ‘drone’ experimental de reconhecimento Merlin-VR.

De acordo com o mesmo resumo, prosseguem exercícios conjuntos na Bielorrússia das forças militares de Moscovo e de Minsk. Neste momento, refere o documento, estão a ser realizados treinos práticos “sobre a interação das componentes aéreas e terrestres em operações ofensivas”.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.