"Por razões de segurança dos operacionais, não se pode proceder nem à identificação dos corpos, nem proceder a qualquer movimento no local do acidente", acrescentou. De acordo com o governante, serão dadas novas informações no local às 10:30 de hoje, seguindo-se nova atualização de informação por volta das 12:00.

Aos jornalistas, Jorge Gomes explicou ainda que foi criado um perímetro de segurança com um raio de 300 metros, que a GNR irá manter ao longo de toda a noite. A partir das 08:00 será iniciado "todo o trabalho de pesquisa, procura e levantamento para perceber o que aconteceu e porque aconteceu, bem como da identificação dos corpos que estão encontrados".

Fonte da Câmara de Lamego disse, ao final da tarde de terça-feira, que a esperança de encontrar com vida estas as vítimas desaparecidas “é muito diminuta”.

À SIC Notícias, Macário Rebelo, presidente da Junta de Freguesia de Avões, admitiu, ao início da noite, a morte de sete pessoas. À TVI24, o presidente da Junta disse ainda que as vítimas serão "quase todos da mesma família, entre pai, filhos, genros e sobrinhos, já que se trata de uma empresa familiar".

Fonte da Câmara de Lamego disse que o proprietário e a filha são duas das vítimas das explosões. As vítimas, ainda de acordo com a mesma fonte, têm entre 22 e 52 anos.

Aconteceram no total três explosões, acrescentou também Macário Rebelo à SIC. A primeira aconteceu entre as 17:30 e as 18:00 horas. O alerta para o incidente chegou ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu às 17:48.

De acordo com página da Proteção Civil, estão no local dois helicópteros do INEM, 121 bombeiros e 40 viaturas. O INEM disse ainda à Lusa que equipas de psicólogos estão a caminho da área do acidente.

O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, caracterizou de “tragédia enorme” os mortos decorrentes de várias explosões numa fábrica em Avões, naquele concelho. Francisco Lopes recordou ainda que o histórico dos incidentes em fábricas de pirotecnia "é conhecido”, mas explicou que com esta dimensão de mortos não há memória.

A Polícia Judiciária já foi chamada para investigar as explosões. Em declarações à agência Lusa, o comandante territorial de Viseu da GNR, coronel Vítor Rodrigues, disse que estão no terreno 25 militares da GNR, responsáveis pela operação de segurança e isolamento da zona afetada pelas explosões. O dispositivo inclui uma equipa de inativação de explosivos do comando de Viseu, "que está a vistoriar a área afetada, para garantir que não há nada que possa explodir ou deflagrar e ser seguro entrar. Temos aqui trabalho para várias horas", indicou.

De acordo com Vítor Rodrigues, a operação da GNR destina-se também à "preservação dos vestígios" resultantes das explosões, no âmbito da investigação que será da responsabilidade da Polícia Judiciária.

O comandante territorial de Viseu disse ainda que a fábrica "ficou completamente destruída" e que na altura das explosões foram projetados objetos a vários metros de distância.

Fonte da Câmara de Lamego disse à Lusa que a fábrica é uma unidade industrial pequena, de origem familiar.

O primeiro-ministro António Costa, que está numa visita oficial no Luxemburgo, já telefonou esta terça-feira ao presidente da Câmara de Lamego para endereçar as suas condolências às famílias das vitimas da explosão

Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, solidarizou-se esta terça-feira com as famílias das vítimas e estará na quarta-feira no local, previsivelmente ao final da manhã.

[Notícia atualizada às 00h03]