A Polícia Judiciária está a realizar hoje mais de 80 buscas domiciliárias e 25 não domiciliárias, sobretudo a equipamentos militares na Grande Lisboa, Beja e em Leiria, numa investigação às messes da Força Aérea, revelou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Contactado pela Lusa, o porta-voz da Força Aérea, coronel Rui Roque, afirmou que a cadeia de comando do ramo teve conhecimento da operação e que está a prestar "toda a colaboração", tal como fez "nas investigações preliminares".

"A cadeia de comando da Força Aérea tem conhecimento desta investigação e está a assegurar toda a transparência e colaboração nas ações em curso", afirmou.

Rui Roque disse ainda que as ações de investigação desencadeadas hoje, cerca das 10:00, decorrem em "dez unidades" da Força Aérea no continente. Excetuam-se, disse, as unidades nos Açores e na Madeira e as três estações de radar do continente e o aeródromo número 1, em Ovar.

Questionado se foram detidos militares no âmbito desta operação, Rui Roque afirmou que, até ao momento [pelas 10:30], não tem conhecimento de qualquer detenção.

Segundo a PGR, já foram emitidos mandados de detenção e no inquérito investigam-se suspeitas de, pelo menos, desde o ano de 2015, algumas messes da Força Aérea serem abastecidas com géneros alimentícios, cujo valor a pagar, posteriormente, pelo Estado Maior da Força Aérea, seria objeto de sobrefaturação.

Fonte ligada à investigação disse à agência Lusa que em causa estão suspeitas de corrupção e falsificação de documentos na aquisição de bens para as messes da Força Aérea e que as buscas decorrem em todo o país, com incidência na base de Monte Real.

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