"Cécile Kohler e Jacques Paris estão detidos arbitrariamente no Irão desde maio de 2022 e são, nesse sentido, reféns do Estado", lê-se numa declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros de França.
Pouco antes, o site da televisão estatal iraniana divulgou o que apresentava como "confissões" de espionagem dos dois franceses presos em maio no Irão.
"A encenação das suas supostas confissões é indigna, repugnante, inaceitável e contrária ao direito internacional", disse o Ministério das Negócios Estrangeiros, que pediu a sua "libertação imediata".
No vídeo publicado no site de língua árabe Al Alam, a funcionária do sindicato dos professores franceses, Cecile Kohler, diz que é uma "agente do DGSE", o serviço de inteligência francês.
Kohler e o seu parceiro Jacques Paris estão detidos no Irão desde 7 de maio e são acusados de tentar provocar distúrbios no país.
O Irão anunciou a prisão do casal, que entrou com um visto de turista, em 11 de maio, dizendo que veio ao país "com a intenção de causar caos e desestabilizar a sociedade".
No vídeo, Kohler indicou que ela e Paris estavam no Irão "para preparar as condições para uma revolução e a derrubada do regime islâmico iraniano". Afirmou também que planeavam financiar greves e manifestações e até usar armas "para lutar contra a polícia".
Mais de uma dezena de cidadãos ocidentais, principalmente com dupla nacionalidade, estão detidos ou bloqueados no Irão, o que várias ONGs denunciam como uma política de "fazer reféns" para obter concessões de potências ocidentais.
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