Em entrevista ao jornal Expresso, Francisco Assis, Presidente do Conselho Económico e Social, falou sobre o panorama atual do Partido Socialista, nomeadamente sobre a sucessão do atual líder António Costa, criticando a discussão sobre este tema, o qual considera demasiado cedo.

"Do meu ponto de vista, começou. Houve duas coisas erradas: uma foi começar demasiado cedo, outra foi a ideia de que as pessoas iam para o Governo para terem condições de liderar o partido e o país. Acho que o Governo em nenhuma circunstância pode ser uma espécie de estágio para se ser candidato a líder do partido", disse Francisco Assis, que também se coloca de fora da sucessão do atual primeiro-ministro.

"Os partidos são essenciais, mas a vida partidária leva a que tenha de se cultivar um certo sectarismo. Sou uma pessoa bastante distanciada da vida partidária para poder voltar a discutir um lugar no interior do PS. Em relação ao que vai suceder quando o dr. António Costa deixar a liderança do PS — que nem sabemos quando será — é uma coisa que naturalmente acompanharei, mas na qual não serei participante ativo, referiu, salientando também que "não há risco de cisão nenhuma no PS".