Uma das mulheres, Jana Solis, disse que conheceu Sondland em 2008, quando procurava trabalho como especialista de segurança em hotéis.

Solis afirma que Sondland a recebeu para almoçar e lhe ofereceu um trabalho como a sua "nova miúda de hotel", antes de lhe dar uma palmada.

A mulher acrescentou que, em seguida, Sondland convidou-a para visitar a sua casa em Portland, para avaliar sua coleção pessoal de arte, e apareceu nu na área da piscina.

Numa reunião posterior, Solis afirma que Sondland a tentou beijar à força.

Uma outra mulher, Nicole Vogel, revelou ter conhecido Sondland em 2003, durante um jantar em que procurava investidores para uma nova revista.

Após o jantar, segundo Vogel, Sondland levou-a para um hotel seu e convidou-a para o seu quarto, onde primeiro pediu um abraço e depois tentou beijá-la.

Vogel, que foi proprietária do Portland Monthly, disse que rejeitou o assédio e saiu. Em seguida recebeu um email no qual Sondland desistia de financiar o seu projeto.

Em comunicado, Sondland rejeitou todas as acusações: "não têm fundamento e nego todas".

"Estas afirmações falsas de toques e beijos indesejados são inventadas e, acredito, coordenadas com objetivos políticos".

Os relatos foram publicados pela ProPublica e pelo Portland Monthly.

O embaixador dos EUA na União Europeia, Gordon Sondland, confirmou ao Congresso que pressionou o Governo da Ucrânia a investigar as atividades da família de Joe Biden, rival político do Presidente norte-americano, por "instruções expressas" de Donald Trump.

Durante a audição pública na comissão de inquérito para destituição de Trump, Gordon Sondland disse ainda que houve uma relação de troca (“quid pro quo”) entre a entrega de ajuda militar à Ucrânia e a investigação à família Biden e que transmitiu preocupação sobre esse facto ao vice-Presidente, Mike Pence.

Sondland disse ainda que ficou surpreendido por mais ninguém ter partilhado com ele a preocupação com a estratégia do Presidente para o caso ucraniano.

Na versão do embaixador, que foi um empenhado apoiante da candidatura presidencial de Donald Trump, a pressão sobre o Governo ucraniano para realizar a investigação à família Biden foi impelida por Rudolph Giuliani, advogado pessoal de Donald Trump.

Donald Trump, 73 anos, está sob investigação do Congresso num inquérito para a sua destituição (‘impeachment’), acusado de abuso de poder no exercício do cargo.

Trump é suspeito de ter pressionado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, a investigar uma empresa ucraniana da qual foi administrador o filho do ex-vice-presidente Joe Biden, dado como favorito a concorrer pelos democratas nas eleições de 2020, em troca de uma ajuda militar dos EUA.

O 45.º Presidente norte-americano, em funções desde 20 de janeiro de 2017, qualificou a investigação como uma “caça às bruxas”.