“Regista-se um agravamento da insegurança na cidade de Kiev”, começa por ler-se num alerta publicado no Portal das Comunidades Portuguesas.
“Aconselhamos os cidadãos portugueses que ainda estejam na cidade a manter-se abrigados, se tiverem uma oportunidade de sair, deverão procurar fazê-lo com a maior cautela”, acrescenta a mesma nota.
Adicionalmente, a ONU anunciou a organização de um comboio automóvel para saída de Kiev, que parte às 07:00 de quarta-feira, e alertou que esta pode ser a última oportunidade para sair da capital da Ucrânia nos próximos tempos.
“Amanhã (2 de março) irá ser organizado um comboio automóvel da ONU para saída de Kiev, ponto de partida é o Ramada Hotel Kyiv às 07:00”, lê-se no portal.
Desta forma, quem tiver viatura pode juntar-se a este comboio que, tendo em conta “o cenário expectável de degradação da situação de segurança” na capital ucraniana, “poderá ser nos próximos tempos a última oportunidade para sair da cidade”.
A probabilidade de um grande ataque à capital, com três milhões de habitantes, parece estar a aumentar a cada hora.
Imagens de satélite, divulgadas na segunda-feira à noite pela empresa norte-americana Maxar, mostravam um comboio de 64 quilómetros de centenas de tanques russos e outros veículos a avançar em direção à capital ucraniana.
Ao início da tarde de hoje, os militares russos apelaram aos civis de Kiev que vivem perto de infraestruturas de serviços de segurança ucranianos para evacuarem esses lugares, dizendo que iam atacar para travar “ciberataques contra a Rússia”.
Evidenciando o avanço russo, as forças do exército ucraniano, com filas de camiões e tanques, concentraram-se a oeste e a norte da capital, constatou a France-Presse.
No centro da cidade, os residentes que não fugiram ergueram barricadas e cavaram trincheiras nos últimos dias.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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