“Estamos a avaliar a situação”, declarou um porta-voz do Executivo, enquanto a companhia de navegação Stena Bulk informou, em comunicado, ter perdido o contacto com um dos seus navios, do qual se aproximaram “pequenas embarcações não identificadas e um helicóptero”.
A companhia deixou de comunicar com os 23 membros da tripulação do “Stena Impero” às 15:00 TMG (16:00 em Lisboa), quando a embarcação cruzava o estreito de Ormuz “em águas internacionais”.
“Atualmente, não podemos contactar com a embarcação, que se dirige para norte, em direção ao Irão”, afirmou a Stena Bulk, que disse não possuir informações sobre eventuais feridos no incidente.
A prioridade do dono da embarcação, Stena Bulk, como do operador do barco, Northern Marine, é a segurança e o bem-estar da tripulação”, acrescenta o comunicado.
Os Guardas da Revolução iranianos anunciaram hoje que “confiscaram” um petroleiro britânico, o "Stena Impero", no estreito de Ormuz.
O navio foi apresado pela força naval dos Guardas, a força de elite da República Islâmica, por “não respeito do código marítimo internacional”, “a pedido da Autoridade portuária e marítima da província de Hormozgan”, indica um comunicado divulgado no Sepahnews, a página da Internet dos Guardas da Revolução.
O "Stena Impero" “foi conduzido até à costa após ser apresado e entregue à Autoridade para [que sejam iniciados] os procedimentos legais e o inquérito”, acrescentam os Guardas da Revolução, o exército ideológico do poder iraniano, num breve comunicado.
O anúncio da interceção do “Stena Impero” surgiu algumas horas após o Supremo Tribunal de Gibraltar ter decidido prolongar por 30 dias a imobilização do petroleiro iraniano “Grace 1”.
O navio foi arrestado em 04 de junho pelas autoridades de Gibraltar, território situado no extremo sul de Espanha, por suspeitas de transportar petróleo em direção à Síria, numa violação das sanções da União Europeia contra Damasco.
Teerão nega esta acusação e denuncia um ato de “pirataria” face a um navio que transporta 2,1 milhões de barris de petróleo.
Na terça-feira, o Guia supremo iraniano, ayatollah Ali Khamenei, declarou que o Irão “não deixaria sem resposta este ato de agressão”.
“Responderemos no momento e no local oportunos”, acrescentou na ocasião.
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