Em declarações à margem da inauguração das novas instalações da Sopsa, em Santo Tirso, o governante não revelou qual o impacto na economia da greve que decorre desde 05 de novembro, mas deu conta de contactos no sentido de reduzir os efeitos negativos.

Sublinhando que o sistema portuário nacional “está a responder às necessidades das empresas”, citou como exemplo a Autoeuropa que “tem alternativas no sistema portuário” e disse estar o Governo “em contacto com a empresa no sentido de assegurar que as necessidades de escoamento da produção continuam a ser satisfeitas”.

O governante manifestou ainda a expectativa de que “a situação se possa vir a resolver a contento de todas as partes”.

No dia 27 de outubro, a Operestiva, Empresa de Trabalho Portuário de Setúbal, e a Yilport Setúbal (Sadoport) tentaram celebrar um contrato de trabalho sem termo com 30 dos 93 trabalhadores eventuais em causa, mas apenas dois aceitaram as condições propostas.

Mais de 90 trabalhadores eventuais do Porto de Setúbal que são contratados ao turno, alguns há mais de 20 anos, não comparecem ao trabalho desde 5 de novembro, situação que deixa o Porto de Setúbal praticamente parado, uma vez que os operadores portuários em causa têm apenas cerca de 10% de trabalhadores efetivos.

A maioria dos trabalhadores portuários, cerca de 90%, não tem qualquer vínculo com os operadores portuários, nem quaisquer regalias além do salário que auferem, e são contratados ao turno, apesar de exercerem a atividade praticamente todos os dias.

Esta situação já levou ao atraso de entrega de mais de 8.000 veículos produzidos na Autoeuropa, tendo a empresa recorrido a portos alternativos.

A maioria dos trabalhadores eventuais contratados regularmente pela Operestiva reivindica um contrato coletivo, a negociar entre o Sindicato dos Estivadores e os operadores portuários.

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