“O Estado, nos próximos três anos, entre 2016 e 2018, irá transferir seguramente cerca de um milhão e meio de euros [para a Ordem]. E, mais do que uma despesa, será um investimento nas pessoas, na qualidade destas estruturas e na resposta que ela pode dar”, declarou Fernando Araújo, à margem da assinatura do protocolo para a criação de 19 camas para Cuidados Continuados Integrados de média duração na Ordem da Trindade.

Fernando Araújo referiu ainda estar previsto abrir em 2016 um total de “684 camas” a nível nacional, um valor que é “25% acima da abertura de camas do ano passado”.

“Queremos continuar a investir nos próximos três anos desta legislatura de modo a tentarmos aproximar-nos o mais possível das 14 mil camas até ao final da legislatura”, disse o responsável segundo o qual são anualmente transferidos cerca de 110 milhões de euros para a rede nacional de cuidados continuados.

Há atualmente 7.700 camas na RNCCI (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados) e nos últimos dez anos, o tempo de existência da rede, foram investidos “mil milhões de euros”, disse Fernando Araújo.

Fernando Araújo sublinhou que o esforço será cada vez maior ao longo dos quatro anos de legislatura de modo a que sejam dadas as respostas necessárias em todo o país para este tipo de doentes, mas lamentou que o esforço tenha abrandado durante os quatro anos do Governo de Passos Coelho.

“O esforço nos últimos quatro anos abrandou na RNCCI. Tenho dificuldade em perceber como, já que o custo de uma cama numa unidade deste tipo é cerca de três a quatro vezes inferior ao custo de uma cama no hospital”, declarou, referindo que do “ponto de vista económico fica muito mais barato para o Estado ter um doente numa unidade da RNCCI.

“Do ponto de vista clínico, a recuperação é muito mais eficaz (…). Estas unidades estão especialmente preparadas para a recuperação de doentes mais crónicos”, defendeu.

O concelho do Porto ganhou hoje oficialmente as primeiras 19 camas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de média duração.