Um primeiro grupo, de 18 pessoas, chegou ao aeroporto de Lisboa durante a madrugada em voo fretado e o segundo, de 19, aterrou em Lisboa, já hoje de manhã, num avião C295 da Força Aérea, acrescentou a mesma fonte.

Estes grupos juntam-se a um outro de 24 cidadãos afegãos, e suas famílias, que colaboraram com as forças portuguesas que nos últimos anos estiveram em missão no Afeganistão, no aeroporto da capital.

No total, Portugal recebeu, até agora, 61 refugiados afegãos.

A retirada deste grupo de afegãos segue-se à tomada do poder, em Cabul, dos talibãs, que levou milhares de pessoas a aglomerar-se no aeroporto para tentar deixar o país.

Os 24 cidadãos afegãos que trabalharam com as Forças Nacionais Destacadas portuguesas para o Afeganistão, assim como os seus familiares, chegaram na sexta-feira, por volta das 21:15, ao aeroporto de Lisboa, em resultado de uma missão de resgate feita por quatro militares portugueses que estiveram em Cabul.

No total, segundo o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, terão sido retirados 58 cidadãos afegãos, que chegam a Portugal entre hoje e domingo.

Os quatro militares portugueses encontravam-se em Cabul desde quarta-feira de madrugada, tendo como missão apoiar a retirada de cidadãos afegãos, após a tomada do poder pelos talibãs.

Pelo menos 170 pessoas morreram e 150 ficaram feridas no atentado suicida perpetrado na quinta-feira pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI) no aeroporto da capital afegã.

Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.