“Temos de agir, temos de garantir mais resultados e rapidez”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na Cimeira sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Num discurso de três minutos, em português, o chefe de Estado considerou que já houve “muito tempo perdido, tempo demais” na concretização das 17 metas estabelecidas na chamada Agenda 2030.

A erradicação da pobreza e da fome, redução das desigualdades, energia limpa e acessível e a ação contra as alterações climáticas são algumas dessas 17 metas.

“Apoiamos em Portugal a realização de uma cimeira social mundial bem sucedida e com resultados visíveis”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado manifestou apoio ao “alerta precoce” feito pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sobre esta matéria, acrescentando: “Pensamos que é essencial o financiamento acrescido mundial aos objetivos do desenvolvimento sustentável”.

“Avançámos com um projeto-piloto com Cabo Verde, que é um projeto multiplicável noutros países, nomeadamente em África, de conversão da dívida pública em investimento num fundo climático e ambiental”, referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou no domingo à noite a Nova Iorque para participar na 78.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, admitiu hoje o "risco" de os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) serem "deixados para trás", apelando a um "plano de resgate global".

No arranque do Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, em Nova Iorque, Guterres observou que apenas 15% das metas dos ODS estão no caminho certo para serem alcançadas até 2030 e que existe até uma regressão em alguns dos objetivos.

"Em vez de não deixarmos ninguém para trás, corremos o risco de deixar para trás os ODS. Excelências, os ODS necessitam de um plano de resgate global", disse Guterres aos líderes mundiais presentes na sala.

A ONU espera alcançar durante este fórum um novo compromisso por parte de todos os líderes globais, que ficará consolidado numa declaração de intenções que está em discussão e que deverá ser aprovada ainda hoje.