A fórmula de canonização foi proclamada em latim no início da missa celebrada na Praça de São Pedro, Vaticano, perante milhares de pessoas, adianta a Ecclesia.
O novo santo faz parte do grupo dos chamados “protomártires do Brasil”, que foram mortos no atual território da Arquidiocese de Natal, então sob jurisdição portuguesa.
Na missa de canonização celebrada pelo papa são canonizados ao todo 35 novos santos, incluindo Ambrósio Ferro.
Ambrósio Francisco Ferro era vigário de Rio Grande e terá sido torturado e assassinado no chamado “massacre de Uruaçú”, onde outras vítimas também foram torturadas, nomeadamente cortando-lhes a língua para que não proferissem orações católicas. No local do massacre foi erigido um monumento aos mártires, visitado especialmente em outubro.
Os fiéis católicos foram beatificados pelo papa João Paulo II, em março de 2000, e o anúncio da canonização de hoje foi feito em abril passado.
Além dos mártires resultantes das perseguições na arquidiocese de Natal, entre julho e outubro de 1645 nas localidades de Cunhau e Uruaçú, são canonizados também os mártires de Tlaxcala, três crianças indígenas mexicanas, o beato espanhol Faustino Miguez, fundador do Instituto Calasancio Filhas da Divina Pastora e o sacerdote franciscano Luca Antonio Falcone.
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