O Exército israelita e o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos de Israel indicaram, separadamente, que a imagem publicada pelo Hamas na sua declaração mostrava um refém morto, cujo corpo foi recuperado pelas forças israelitas no ano passado.

No seu comunicado desta quinta-feira, o Hamas indicou que, após investigar a morte desse refém, chegou à conclusão de que "o recruta designado para custodiá-lo violou as ordens" e agiu "por vingança, após receber a notícia do martírio dos seus dois filhos num dos massacres cometidos pelo inimigo".

“O incidente não representa a nossa ética e as instruções da nossa religião no que respeita ao tratamento de prisioneiros. Iremos reforçar as instruções”, acrescentou a nota.

Dos 251 reféns sequestrados por comandos islamistas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, durante a incursão que desencadeou a guerra atual, 111 permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza, dos quais 39 estariam mortos, segundo o comando militar israelita.

As Brigadas Ezzedine al Qassam, braço armado do Hamas, anunciaram na segunda-feira que um refém israelita tinha morrido e que duas mulheres reféns tinham ficado feridas em "incidentes" distintos.

A fotografia divulgada pelo braço armado do Hamas, juntamente com a sua última declaração, mostra um homem morto coberto por uma mortalha branca manchada de sangue, sem identificá-lo.

A declaração descreveu a sua morte como um “incidente infeliz”, culpando a “brutalidade” da campanha militar israelita. “A vossa brutalidade tornou-se um perigo iminente para os vossos prisioneiros”, declarou o Hamas.

Os militares israelitas afirmaram que “uma imagem publicada pela organização terrorista Hamas... mostra um refém que foi assassinado e cujo corpo foi recuperado” pelas forças israelitas “em novembro”.

“A família em causa foi notificada”, acrescentou o comunicado, sem identificar o refém morto. No entanto, segundo o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos de Israel, a fotografia mostrava o antigo prisioneiro Ofir Tzarfati e citou a sua mãe apelando a um acordo para garantir a libertação dos que ainda se encontram detidos em Gaza.