“A operação foi levada a cabo por Musbah Abu Subeij, de 39 anos, do bairro palestiniano de Silwán, em Jerusalém Este”, lê-se num comunicado oficial do Hamas, citado pela agência Efe.
De acordo com o comunicado, Abu Subeij era conhecido por ser um dos membros ativos do movimento em Jerusalém Este, a parte da cidade ocupada por Israel desde 1967 e reclamada pelos palestinianos como capital do seu Estado.
“Antes de sacrificar a sua alma hoje, sacrificava sempre o seu dinheiro e anos de vida pela mesquita de Al Aqsa e por Jerusalém. A sua principal preocupação era defender a mesquita”, diz o Hamas.
Segundo a mesma fonte, Abu Subeij cumpriu pena durante vários anos em prisões israelitas e era procurado pela polícia.
“A polícia israelita esperava que Abu Subeij se entregasse para cumprir uma pena de quatro meses de detenção administrativa (…). Mas [Abu Subeij] preferiu o caminho dos mujahideen (combatentes, em árabe) e desempenhou esta heroica operação”, refere o Hamas.
Por outro lado, as autoridades judiciais israelitas optaram pela não divulgação das circunstâncias do ataque, identidade do agressor ou dados das vítimas.
O movimento islâmico elogiou a ação do que denominou ser a “Intifada de Al Quds” [Revolta de Jerusalém], uma onda de violência que atinge a região há um ano e já custou a vida a 234 palestinianos, mais de dois terços dos quais quando levavam a cabo ataques ou presumíveis ataques.
Nestes ataques morreram 42 pessoas, entre 38 israelitas, dois norte-americanos, um eritreu e um transeunte palestiniano.
O incidente de hoje ocorreu quando um palestiniano disparou contra várias pessoas nas proximidades da Esquadra de Polícia Central de Israel, localizada na zona leste de Jerusalém, tendo depois fugido para o bairro de Sheik Jarraj, onde, mais tarde, foi morto pela polícia na sequência de uma troca de tiros.
“A Intifada de Al Quds está em marcha e nada a parará. A operação de hoje conseguiu surpreender o inimigo e foi levada a cabo apesar das fortes medidas de segurança israelitas”, concluiu o Hamas, referindo-se ao nível de alerta por causa do período de festas judaicas do ano novo.
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