Vista geral (atualizado às 23:21)

  • Número total de incêndios rurais: 56
  • Número total de operacionais mobilizados: 2302
  • Número total de viaturas operacionais mobilizadas: 710
  • Número total de meios aéreos mobilizados: 1

*Fonte: site da Proteção Civil

Ponto de situação sobre os maiores incêndios que lavram no país

Santarém (atualizado às 23:21)

  • Número de ocorrências: 5
  • Onde: Cumeada (em curso), Freixianda, Ribeira do Fárrio e Formigais (em curso); Salvaterra de Magos (em conclusão), Cartaxo (em conclusão), Matas e Cercal (em conclusão)
  • 785 operacionais
  • 259 viaturas
  • 1 meio aéreos

O que se sabe até agora: A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil esteve este domingo a dar “atenção máxima” ao incêndio que deflagrou na quinta-feira em Ourém, distrito de Santarém, que continua ativo e já ultrapassou para os concelhos de Alvaiázere e de Ferreira do Zêzere.

“É um incêndio que ainda não está estabilizado. Boa parte do perímetro do incêndio encontra-se já numa fase de rescaldo e consolidação. Contudo, […] quando existem reativações, elas de facto são explosivas e são muito difíceis de combater logo na primeira hora, mantemos então o dispositivo operacional e mantemos, de facto, a atenção máxima para este incêndio”, disse o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, no ‘briefing’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

O fogo de Salvaterra de Magos, em Glória do Ribatejo, “arrancou muito violentamente com projeções, derivado ao forte vento”, cerca das 12:48. “Houve algumas habitações em perigo, mas que não chegaram a estar realmente em contacto com a frente de incêndio”, salientou fonte da Proteção Civil à Lusa.

Em declarações à comunicação social, cerca das 17:30, o comandante dos bombeiros de Salvaterra confirmou que um carro dos bombeiros ardeu durante o combate a este incêndio, não tendo provocado ferimentos nos bombeiros ocupantes, que já tinham regressado ao combate. Nenhum outro dano em casas tinha sido registado devido a este incêndio, que, segundo o responsável, “estava em resolução em 90% e ativo apenas em 10%, com imensos pontos quentes”.

Leiria (atualizado às 22:04)

  • Número de ocorrências: 4
  • Onde: Abiul (em curso); Calvaria de Cima (em conclusão), Tornada e Salir do Porto (em conclusão), Telheiro (em conclusão)
  • 416 operacionais
  • 134 viaturas
  • 0 meio aéreos

O que se sabe até agora: Em Vale da Pia, Pombal, no distrito de Leiria, o incêndio que lavra desde sexta-feira continua a ser dado como ativo devido a várias reativações pontuais por causa do vento forte e em locais de difícil acesso a meios terrestres, permitindo apenas o combate por elementos apeados.

Lisboa (atualizado às 23:21)

  • Número de ocorrências: 4
  • Onde: Dois Portos e Runa (em curso); Dona Maria (em conclusão), Pêro Pinheiro (em conclusão), Arruda dos Vinhos (em conclusão)
  • 139 operacionais
  • 43 viaturas
  • 0 meios aéreo

O que se sabe até agora: O incêndio com duas frentes "bastante ativas" na zona de Dona Maria, em Belas, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa, um dos mais preocupantes deste domingo, já está em fase de conclusão.

Neste incêndio houve “a possibilidade de uma das frentes se dirigir para uma zona urbana”, o que acabou por não acontecer devido aos trabalhos de defesa dos bombeiros.

Vila Real (atualizado às 23:21)

  • Número de ocorrências: 1
  • Onde: Boticas (em curso)
  • 170 operacionais
  • 46 viaturas
  • 0 meio aéreos

O que se sabe até agora:

O alerta para o fogo foi dado às 15:15, em Canedo, concelho de Ribeira de Pena, mas as chamas acabaram por lavrar em direção ao concelho vizinho de Boticas.

O presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, explicou que o incêndio pelas 22:30 tinha uma frente ativa, numa zona de pinhal denso e de “poucos acessos”.

O autarca lamentou a destruição de uma área “já significativa” desta que é a maior mancha contínua de pinheiro-bravo da Península Ibérica e que tem sido alvo de vários projetos de limpeza e de reflorestação, salientando que é “triste ver tudo isto ir por água abaixo”.

“Estava quase sanado, esta frente virada a Boticas, por cima das povoações de Fiães do Tâmega e de Veral, mas de facto agora complicou-se um pouco e vamos ter toda a noite bastante trabalho”, referiu, apontando a mudança do vento que se fez sentir no local.

Com as atenções centradas nas aldeias, o autarca referiu que os meios, incluindo máquinas de rasto, vão ser posicionados nos acessos por cima destas localidades para travar o fogo.

“Está complicado e vai ser complicado, mas vamos fazer tudo para que não chegue às aldeias”, frisou.

Outras informações relevantes: 

  • Sob aviso laranja estão hoje os distritos de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja, bem como as Regiões Montanhosas na Madeira — Os avisos de hoje correspondem a metade dos que estiveram em laranja no sábado, dado o IPMA prever uma descida na temperatura máxima no litoral oeste. No entanto, a "trégua" será temporária, visto que antecede uma nova subida da temperatura nos próximos dias. O que levou Marcelo Rebelo de Sousa a apelar à responsabilidade coletiva.
  • As temperaturas máximas vão oscilar entre 42 graus Celsius em Évora e 24º no Porto e em Aveiro. Na Madeira, o IPMA prevê céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de mais nebulosidade nas vertentes norte das ilhas da Madeira e do Porto Santo, com as temperaturas máximas a variarem entre 27º e 24º. Nos Açores, o céu vai estar muito nublado com abertas, com as máximas entre os 24º de Santa Cruz das Flores e os 22º de Angra do Heroísmo.

  • Doze agentes da proteção civil ficaram feridos nos incêndios dos últimos dois dias e 17 civis foram assistidos, anunciou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que contabiliza ainda uma pessoa desalojada e cinco habitações destruídas ou danificadas.
  • O apelo do Ministério da Administração Interna: "Comportamentos seguros, não fazer fogo, não usar máquinas agrícolas, florestais, ajudar as queimas e as queimadas é mesmo a maior ajuda que o povo português pode dar aos bombeiros portugueses e que pode dar para a segurança coletiva”, enfatizou o ministro Luís Carneiro.