Raúl Almeida disse à agência Lusa que houve focos de incêndio em todas as aldeias do concelho e que os bombeiros no terreno são apenas os 40 voluntários de Mira.

Terão também ardido, de acordo com o autarca, cinco empresas na zona industrial, nomeadamente a SIRO.

O autarca disse ter pedido mais meios ao secretário de Estado da Administração Interna, mas não foi possível alcançar esse objetivo.

Foi ainda ativado o plano de emergência.

Raúl Almeida não conseguiu ainda reunir-se com os serviços para fazer a contabilidade de feridos.

O comandante dos bombeiros de Mira, Nuno Pimenta, agradeceu também o apoio popular e os apoios logísticos da autarquia.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 20 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.