Devido ao fogo, estão cortadas a estrada nacional 247 e a estrada nacional 9-1, que servem o Guincho e a zona do Autódromo do Estoril, informou, apelando à população para não se dirigir para a área afetada pelo incêndio e para deixar “estas vias de circulação libertas para os meios de socorro”.
Sobre os danos materiais, André Fernandes disse que alguns apoios de madeira nalgumas áreas habitacionais ficaram danificados e um veículo ligeiro ardeu, adiantando que, neste momento, equipas da GNR, da PSP, polícias municipais de Cascais, Sintra e outros meios das duas câmaras municipais estão a fazer a validação da área afetada para verificação de mais danos do parque habitacional ou edificado.
Foram também pedidos reforços dos três pelotões militares e houve um reforço de máquinas de rasto, que vão ser fundamentais para fazer os asseios à volta do perímetro do incêndio, salientou.
Segundo o comandante distrital de Lisboa da ANPC, André Fernandes, 47 pessoas foram retiradas de várias localidades em toda a área do incêndio, como Biscaia, Figueira do Guincho, Almoínhas.
Destas 47 pessoas, 17 foram deslocadas para a Sociedade Recreativa da Malveira e 30 para o Pavilhão Dramático de Cascais, em articulação com as câmaras municipais e as juntas de freguesia, estando a ser "devidamente acompanhadas" pela Segurança Social, pela ação social da autarquia e por uma equipa de psicólogos do INEM, que "está a dar todo o apoio a estas pessoas", frisou.
Dezoito pessoas ficaram feridas ligeiramente, nove dos quais eram bombeiros, que foram “assistidos no local e que já regressaram ao teatro de operações”, disse André Fernandes, num ‘briefing’ da Proteção Civil, onde esteve presente o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreira.
Relativamente à retirada das pessoas do parque de campismo de Cascais, o comandante André Fernandes disse que foi “a maior evacuação por precaução” e que decorreu “dentro da normalidade, não havendo vítimas a registar nem danos materiais”.
Foram ainda retirados 70 animais do Clube D. Carlos e do Centro Hípico do Estoril, na Charneca, que foram levados para o hipódromo Manuel Possolo, em Cascais
O comandante distrital de Lisboa da ANPC assegurou que “vão ser feitos todos os esforços para dar o incêndio como dominado hoje” e não há neste momento povoações em risco.
Às 10:45 estavam a combater o incêndio 753 operacionais com 223 meios terrestres e sete meios aéreos.
09h00 - Meios aéreos acionados
Quatro aviões anfíbios, dois helicópteros, um pesado e outro ligeiro, e um avião de reconhecimento foram acionados.
“São os meios aéreos que estão acionados e a todo o momento começarão a chegar ao teatro das operações”, adiantou o comandante Paulo Santos, oficial de operações da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), esta manhã.
Segundo o comandante Paulo Santo, “o incêndio ainda não está dominado”, mas “as operações estão a decorrer favoravelmente”.
“A cabeça do incêndio mantém-se ainda ativa, existem ainda muitos pontos quentes e pontos sensíveis que durante as próximas horas ainda vão ocupar os combatentes”, acrescentou.
Cerca das 09:00, o incêndio estava a ser combatido por 736 operacionais, apoiados por 219 veículos.
04h54 - Dois bombeiros com ferimentos ligeiros e 47 pessoas retiradas de casa
"Temos dois bombeiros feridos leves, que não inspiram cuidados, foram assistidos no local. E temos danos confirmados num veículo ligeiro e num anexo de madeira que ardeu na Figueira do Guincho e numa casa de habitação e dois anexos na zona da Biscaia", adiantou o comandante distrital de Lisboa da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), André Fernandes, esta madrugada.
"Um vento muito forte, com rajadas na ordem dos 100 km/hora, que levou a uma progressão exponencial da frente de fogo", detalhou.
Foi nessa altura, explicou, que houve necessidade de "fazer evacuações preventivas" do parque de campismo de Cascais, na Biscaia, Figueira do Guincho, Almoinhas Velhas e Charneca, tendo sido ainda necessário evacuar alguns clubes hípicos.
Das 47 pessoas que foi preciso retirar das suas casas, 17 foram deslocadas para a sociedade recreativa da Malveira da Serra e 30 para o pavilhão dramático de Cascais.
04h00 - Câmara de Cascais e Proteção Civil fazem ponto de situação
Segundo André Fernandes, de acordo com o plano de ação estratégico para o combate ao incêndio na serra de Sintra, foi também pedido o “reforço de três pelotões militares para auxílio das ações de vigilância e rescaldo”.
Além destes novos meios, o comandante da ANPC explicou que “todo o dispositivo vai manter-se enquanto for necessário” para extinguir as chamas.
Momentos antes do “briefing” sobre o ponto da situação, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), e o comandante distrital da ANPC informaram o Presidente da República em relação à situação no terreno e às medidas em preparação para debelar as chamas.
Carlos Carreiras fez questão de deixar uma "palavra de agradecimento pela solidariedade demonstrada" ao ministro da Administração Interna, ao primeiro-ministro e ao Presidente da República que, garantiu, "ao longo de toda a madrugada têm estado em contacto e têm estado a informar-se e a manifestar todo o seu apoio quer do ponto de vista pessoal quer institucional".
"Nesse sentido há que registar esse acompanhamento dado pelos altos responsáveis da nação", enalteceu.
A primeira mensagem do autarca foi "uma palavra de serenidade e de reconhecimento a todos os cidadãos" que tiveram que sair das suas casas.
"A câmara estará aqui preparada para continuar a acompanhá-los nesta adversidade que nos assolou durante a noite. Todos os casos que foram do conhecimento foram acompanhados, estão a ser acompanhados e continuarão a ser acompanhados", prometeu.
Todos os elementos das forças de segurança e das forças de Proteção Civil receberam igualmente o agradecimento de Carreiras pela "forma muito profissional e muito competente" como "conseguiram conter um desastre maior".
"E aqui também beneficiando já da boa coordenação existente na prevenção que temos tido, na simulação de situações que vamos fazendo ao longo do ano e nesse sentido hoje mais uma vez se demonstrou que é absolutamente fundamental, não só as ações de prevenção na própria serra, mas também de coordenação entre todos os elementos", elogiou.
Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se aos Paços do Concelho de Sintra, cerca das 00:45, para acompanhar, juntamente com o presidente da autarquia, Basílio Horta (PS), a evolução do incêndio que lavra desde sábado à noite na zona da Peninha, em pleno Parque Natural Sintra-Cascais.
O chefe de Estado deixou a câmara cerca de meia hora depois e manteve-se em contacto com o presidente da Câmara de Cascais, uma vez que as chamas evoluíram para a zona da Biscaia.
No combate ao fogo estão envolvidos corpos de bombeiros do distrito de Lisboa, com um reforço do distrito de Santarém e de Setúbal e também de um grupo da força especial de bombeiros.
As entidades envolvidas nas operações foram ainda a Câmara de Sintra e a Câmara de Cascais, bem como o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a GNR, a PSP, o INEM e a Segurança Social Distrital.
O incêndio deflagrou no sábado, às 22:50, na zona da Peninha, serra de Sintra, tendo alastrado ao concelho de Cascais.
[Notícia atualizada às 10h54]
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