“O vento está muito forte”, adiantou a mesma fonte, ressalvando, contudo, que não existem populações em risco, nem houve até agora necessidade de evacuar qualquer aldeia.

Segundo a mesma fonte, uma das frentes dirige-se para a zona da aldeia de Montalvo, no concelho de Constância, mas os bombeiros estão no local para fazer “o perímetro de segurança”.

Ao início da noite outra frente esteve perto da aldeia de Martinchel, no concelho de Abrantes. Contudo, nesta zona, o fogo já está agora em fase de rescaldo.

De acordo com as informações disponíveis no ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, cerca das 22:30 o incêndio estava “com duas frentes" ativos e estavam envolvidos nas operações 556 operacionais, apoiados por 158 viaturas.

O incêndio começou cerca das 16:00 em Tomar, no distrito de Santarém, entrando nos concelho de Abrantes e Constância depois de passar o rio Zêzere, junto à barragem de Castelo de Bode.

As chamas provocaram queimaduras num bombeiro, considerado ferido ligeiro, que foi assistido no Hospital de Abrantes.

Avião obrigado a amarar

Segundo a Proteção Civil, ao final da tarde, cerca das 17:40, um dos aviões que participava no combate ao fogo teve que amarar na barragem de Castelo de Bode, após abortar a descolagem na sequência de uma operação de ‘scooping’ (recolha de água).

O incidente apenas provocou danos materiais, tendo a tripulação saído ilesa.

“O alerta foi dado às 17:43. A tripulação saiu ilesa, havendo a registar apenas pequenos danos materiais”, é referido num comunicado hoje divulgado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Ainda segundo a Proteção Civil, “o avião anfíbio pesado (Canadair CL215), de indicativo operacional Alfa 2, do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais” amarou na Barragem de Castelo de Bode, após abortar a descolagem na sequência de uma operação de ‘scooping’.

No último mês já se registaram outros dois incidentes com aeronaves durante operações de recolha de água: em 03 de julho na barragem de Castelo de Bode, distrito de Castelo Branco, e em 25 de julho na barragem do Beliche, no Algarve.

Nos três incidentes apenas se registaram danos materiais.