No segundo 'briefing' à comunicação social de hoje, que ocorreu pelas 22:00, a adjunta de operações nacional, Patrícia Gaspar, disse que ainda estavam 108 fogos ativos e, desses, 33 eram de "importância elevada", pela sua duração, pelos meios que concentram e "pela complexidade no terreno".
Segundo a responsável, estes incêndios importantes "concentram-se nos distritos de Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Viana do Castelo e Viseu, e estas são apenas as [ocorrências] que concentram mais meios e mais atenção por parte de todas as autoridades".
Durante o dia de hoje, foram registados já 443 incêndios, sendo que os distritos mais afetados são Aveiro (com 56 fogos), Braga (com 38), Coimbra (com 25) e Porto (com 120 incêndios) e Viseu (com 36).
Pelo menos três fogos ultrapassaram fronteiras municipais e distritais: o da Figueira da Foz (distrito de Coimbra) entrou em Mira (Aveiro), o da Lousã (Coimbra) passou para o distrito de Viseu e o de Seia está a lavrar já no concelho vizinho de Gouveia.
"Estamos perante um cenário operacional de elevada complexidade. Temos todos os meios do terreno para fazer os possíveis e impossíveis [para apagar as chamas]. Lançava novamente um apelo: estamos ainda durante o período crítico da defesa de floresta. O uso do fogo [nesta fase] é proibido", disse Patrícia Gaspar, na sede na ANPC, em Oeiras, distrito de Lisboa.
Questionada sobre se a situação está descontrolada, a adjunta de operações disse que a situação está ainda a evoluir desfavoravelmente, sobretudo face ao final da tarde de hoje.
Na altura, durante o primeiro 'briefing', Patrícia Gomes, disse que "foi o pior dia do ano em matéria de incêndios", apontando 303 incêndios registados até aquela altura.
"Há pouco referimos que estávamos, de facto, perante o pior dia do ano e essa informação mantém-se, e não só se mantém como se reforça", afirmou a responsável da ANPC.
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