As jornadas parlamentares do PSD arrancaram hoje com uma visita às áreas ardidas do concelho de Monção (Viana do Castelo), onde os jornalistas questionaram Hugo Soares sobre a entrevista do primeiro-ministro, António Costa, à TVI, no domingo à noite, na qual admitiu que houve "uma subestimação dos riscos" de incêndios neste mês e "seguramente carência de meios" no combate aos fogos.
"O senhor primeiro-ministro disse o óbvio, creio que ninguém no país ainda não tinha percebido que o primeiro-ministro foi negligente e displicente a lidar e gerir toda esta situação", afirmou, salientando que existiram avisos quer do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), quer da Liga de Bombeiros.
Para o líder parlamentar do PSD, António Costa "não tinha comando político" e tinha uma "ministra demissionária" da Administração Interna, que quis manter para "lhe servir como escudo".
"O que disse ontem foi apenas o obvio, disse: ‘Falhámos em toda a linha e a culpa foi nossa'", afirmou.
Já sobre as relações entre o primeiro-ministro e o Presidente da República, também abordadas na entrevista, Hugo Soares remeteu a questão para António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, mas admitiu que "o espetáculo que o Governo fez" por diferentes fontes sobre este assunto "não abona nada a favor das boas relações institucionais que todos querem que haja".
"Este é um Governo que repetidamente tem muita dificuldade em lidar com a crítica, não aceita sequer as sugestões e as propostas dos outros e, por isso, se atrasa na resposta às pessoas", acusou.
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