“As tentativas de violar a soberania do Irão não ficarão sem resposta”, disse no sábado à noite no Twitter o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani.
O diplomata disse que os motivos dos EUA eram “nefastos” para facilitar as sanções de comunicação, mas mantendo outras, especialmente as económicas.
“É uma provocação”, disse.
“Os Estados Unidos há muito que procuram minar a segurança e a estabilidade do Irão, em vão”, acrescentou.
Washington autorizou na sexta-feira as empresas tecnológicas a expandirem os seus serviços no Irão em resposta aos cortes na Internet ordenados por Teerão para enfrentar os protestos sobre a morte de Mahsa Amini.
O Governo iraniano está a restringir fortemente a Internet, com as redes móveis desligadas desde o final da tarde até ao início da manhã.
As VPN (redes privadas virtuais que permitem contornar a censura) funcionam mal e de forma intermitente, tal como a muito lenta Internet fixa em casas e escritórios.
Amini foi presa por usar o véu incorretamente na terça-feira da semana passada pela chamada Polícia Moral de Teerão, onde se encontrava de visita, e foi levada para uma esquadra de polícia para “uma hora de reeducação” por usar o véu incorretamente.
Morreu três dias depois num hospital onde chegou em coma depois de sofrer um ataque cardíaco, que as autoridades atribuíram a problemas de saúde, uma alegação rejeitada pela sua família. Testemunhas alegam que foi agredida.
A sua morte provocou protestos em massa nos últimos dias, dos quais resultaram pelo menos 50 mortos, segundo organizações não-governamentais, enquanto os números oficiais apontam para 35 mortos.
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