Um porta-voz dos serviços de emergência do país, Babak Yektaparast, disse à TV que as vítimas mortais mais recentes são um menino de oito anos e um homem de 67 anos que tinham ficado feridos.
Yektaparast acrescentou que 102 pessoas continuavam a ser tratadas nos hospitais, 11 das quais em estado crítico, segundo a agência norte-americana AP.
Inicialmente, as autoridades iranianas divulgaram um balanço de 103 mortos, mas o número foi sendo revisto em baixa por haver erros no registo da identidade de algumas das vítimas.
No atentado de quarta-feira, um bombista suicida detonou os explosivos, tendo um outro atacado 20 minutos mais tarde, quando os elementos dos serviços de emergência e outras pessoas tentavam ajudar os feridos.
O atentado ocorreu em Kerman, cerca de 820 quilómetros a sudeste da capital, Teerão.
O ataque teve como alvo uma homenagem ao general Qassem Soleimani da Guarda Revolucionária, morto em 2020 por um ataque de ‘drone’ (aparelho pilotado remotamente) norte-americano, por ordem do então Presidente Donald Trump.
A dupla explosão teve lugar perto da mesquita Saheb al-Zaman, onde se encontra o túmulo de Soleimani.
O ministério dos serviços de informação disse na sexta-feira que um dos dois homens-bomba era um cidadão tajique e que foram detidas 11 pessoas suspeitas de ligações ao ataque.
Figura-chave do regime iraniano, Soleimani, que morreu aos 62 anos, era também uma das figuras públicas mais populares do país.
Soleimani, comandante de uma força de elite da Guarda Revolucionária, foi o arquiteto das atividades militares regionais do Irão e é aclamado como um ícone entre os apoiantes da teocracia iraniana, segundo a AP.
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