O Irão tem sido abalado por protestos generalizados após a morte da jovem curda iraniana, três dias após ser presa pela polícia de moralidade, em Teerão, por alegadamente violar o rígido código de vestuário ao utilizar incorretamente o véu islâmico.
Dezenas de pessoas, sobretudo manifestantes, mas também elementos das forças de segurança do país, foram mortas durante as manifestações e centenas, entre as quais várias mulheres, foram presas.
Em 10 de outubro, o Reino Unido anunciou sanções contra a polícia de moralidade iraniana, responsáveis políticos e funcionários de segurança, acusando-os de reprimir os protestos.
Segundo um comunicado do ministério das Relações Exteriores do Irão, entre as sete instituições visadas pelas sanções estão o Centro Nacional Britânico de Segurança Cibernética e a ‘quartel-general’ das comunicações do Governo, a agência britânica de Inteligência e Segurança.
“As organizações e indivíduos foram “colocados na lista negra devido às suas ações deliberadas de apoio ao terrorismo e a grupos extremistas, incitação ao terrorismo, propagação de violência e de ódio e violação dos direitos humanos”, justificou o ministério das Relações Exteriores iraniano.
A BBC Persian e a Iran International, dois canais que emitam em língua persa a partir do Reino Unido, também foram considerados “hostis” pelo Irão e colocados na lista negra.
Entre as nove personalidades sancionadas estão várias elementos do Parlamento, incluindo Thomas Tugendhat.
As sanções incluem a proibição de vistos e a “apreensão das suas propriedades e bens” no Irão, acrescentou o ministério.
O Irão convocou o embaixador britânico em Teerão após as sanções de Londres, consideradas “uma ingerência nos assuntos internos do país”.
Os EUA, o Canadá e a União Europeia também impuseram sanções ao Irão.
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