O raro apreço de Israel pela UNESCO aconteceu um dia após a organização remover o carnaval de Aalst da sua lista de património cultural imaterial.
A festividade foi criticada por grupos antidiscriminação após a edição deste ano incluir um carro alegórico que retratava judeus com narizes grandes e em cima de pilhas de dinheiro.
“A remoção do carnaval envia uma forte mensagem de que estas expressões antissemitas não têm lugar na organização e no mundo”, disse o ministro israelita das Relações Exteriores, em comunicado.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, também saudou a decisão de excluir o festival e apelou ao governo belga para ser claramente “contra a inclusão de manifestações antissemitas no carnaval”.
“O flagelo do antissemitismo ameaça não apenas o povo judeu, mas toda a sociedade e país em que existe”, acrescentou.
Esta expulsão do carnaval aconteceu durante o encontro anual das 24 nações para rever as nomeações, que decorreu em Bogotá, na Colômbia.
Os delegados belgas presentes no encontro não reagiram a esta decisão, cabendo ao governo belga a sua retirada.
Israel e os Estados Unidos saíram da UNESCO no início de 2019, alegando que a organização estava a promover um viés anti-Israel.
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