“A brigada do Hamas em Khan Yunis, que se vangloriou de estar a repelir as Forças de Defesa de Israel (FDI), está a ser desmantelada, e digo-vos que estamos a concluir a missão em Khan Yunis e que também chegaremos a Rafah e eliminaremos todos os terroristas que estão a tentar fazer-nos mal”, declarou Gallant durante uma visita à cidade.
Num encontro com militares da 98.ª Divisão do Exército israelita, o ministro congratulou-se com o facto de as operações em Khan Yunis “estarem a avançar com resultados incríveis”, o que torna a situação cada vez “mais complicada” para os combatentes palestinianos, noticiou o diário The Times of Israel.
“Não têm armas, não têm munições, não tem capacidade para tratar os feridos. Têm 10.000 terroristas mortos e outros 10.000 feridos que não estão operacionais”, asseverou o ministro da Defesa israelita, sublinhando que Israel desferiu um golpe que “corroeu” o poder do Hamas.
Assim, o governante indicou que estas operações israelitas tanto à superfície como no subsolo da Faixa de Gaza, e concretamente em Khan Yunis, “aproximam o regresso dos reféns” mantidos em cativeiro pelo Hamas, que acusou de só entender a linguagem da força.
A 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) — desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel — realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 132 dos quais permanecem em cativeiro, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 118.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 27.000 mortos, 67.000 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome que já começou a fazer vítimas, segundo a ONU.
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