“As notícias de Gaza são horrendas e chocantes. Foram mortos centenas de inocentes num hospital. Na escola da UNRWA, também bombardeada, houve mais mortes. Estes alvos não são militares”, destacou o chefe da diplomacia portuguesa na rede social X.

“Reiteramos o nosso urgente apelo ao respeito permanente do direito internacional humanitário”, acrescentou João Gomes Cravinho.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, disse hoje que pelo menos 500 pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita a um hospital onde se encontravam civis feridos e em busca de abrigo.

O Exército israelita atribuiu, por sua vez, à organização palestiniana Jihad Islâmica o ataque que atingiu um hospital em Gaza e que, de acordo com o movimento islamita Hamas, provocou 500 mortos.

“De acordo com informações de inteligência, baseadas em diversas fontes que obtivemos, a Jihad Islâmica é responsável pelo ataque fracassado de foguetes que atingiu o hospital”, realçou o Exército israelita, em comunicado.

Também hoje pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num ataque israelita contra uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinianos na Faixa de Gaza, indicou o organismo, que denunciou um “flagrante desrespeito pela vida dos civis”.

Num comunicado, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, informou que “pelo menos seis pessoas morreram hoje à tarde quando uma escola da UNRWA foi atingida no acampamento de refugiados de Al Maghazi, na zona central de Gaza”.

Dezenas de pessoas ficaram feridas, incluindo pessoal da agência que integra o sistema da ONU, e a escola sofreu graves danos estruturais, afirmou ainda Lazzarini, admitindo que o número de vítimas poderá aumentar.

Na Faixa de Gaza, e o conflito entre o Estado judaico e as milícias do enclave iniciado em 07 de outubro já provocou pelo menos 3.000 mortos entre a população palestiniana, segundo dados do ministério da Saúde, que se refere a mais de 12.500 feridos.

Na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas já mataram pelo menos 50 palestinianos, para além de centenas de feridos e pelo menos 200 detenções. O ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro terá provocado em Israel mais de 1.400 mortos, na maioria civis.