Segundo fontes médicas locais, nestas operações também foram mortos dezenas de civis.
“As operações incluíam incursões seletivas contra agentes terroristas e infraestrutura estabelecida em edifícios de vários andares, durante as quais foram aproximadamente eliminados 100 terroristas”, assinalou hoje um comunicado militar, que se referiu a “mais de 100 ataques aéreos” em coordenação com tropas terrestres.
Segundo o comunicado, também foram detidos e interrogados diversos milicianos do Hamas, incluindo um comandante das forças de elite Nukhba, e que permitiu “dirigir as forças a outras infraestruturas” onde haveria mais combatentes, incluindo túneis e engenhos explosivos.
A invasão terrestre do bairro de Hamad, na sua maioria residencial e com cerca de 5.000 habitantes, foi desencadeada em 03 de março quando tanques israelitas cercaram a zona e iniciaram a destruição de diversas infraestruturas. Em simultâneo, altifalantes instalados em ‘drones’ pediam à população para abandonarem o local, indicou a agência palestiniana Wafa.
A mensagem transmitida pelos ‘drones’ israelitas indicava: “A todos os residentes da cidade de Hamad, estais numa zona de combate perigosa, o Exército israelita está a atuar nas proximidades”. E exortava a população a deslocar-se para a vizinha região de Al Mawasi e em direção à cidade de Deir al Balah.
Fontes médicas indicaram que, desde o início desta ação militar israelita, foram mortos dezenas de civis em ataques e bombardeamentos contra habitações deste bairro financiado pelo Qatar, indicou a agência Wafa, para além das vítimas registadas “na localidade vizinha de Bani Suhaila e em outras áreas do norte de Khan Yunis”.
Em mais de cinco meses do atual conflito, e na sequência dos ataques do Hamas em 07 de outubro, cerca de 31.300 pessoas já foram mortas pelos militares israelitas na Faixa de Gaza — 72% mulheres e crianças segundo ministério da Saúde local controlado pelo Hamas — e outras 73.000 ficaram feridas. Calcula-se ainda que cerca de 8.000 corpos permaneçam debaixo dos escombros.
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