A coligação de direita e extrema-direita, liderada pelo partido Irmãos de Itália, pode obter entre 41% a 45% dos votos nas legislativas de hoje em Itália, segundo as sondagens.
A sondagem do Consorzio Opinio Italia para a cadeia de televisão Rai, citada pela ANSA, aponta um resultado entre os 25,5% e os 29,5% para o bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Democrático, de Enrico Letta, enquanto o Movimento 5 Estrelas terá entre 15,5% e 17,5%.
Segundo a Rai, a sondagem tem uma margem de erro de 3,5%.
Mais de 50 milhões de italianos começaram hoje a votar às 07:00 (06:00 em Lisboa) para eleger um novo parlamento e, até às 19:00 locais, a taxa de participação era de 51%, menos sete pontos do que nas eleições de 2018. A votação terminou às 23:00 (22:00 em Lisboa).
As últimas sondagens, publicadas há cerca de 15 dias porque não são permitidas nas últimas semanas de campanha, apontavam para uma vitória do partido de extrema-direita 'Fratelli d'Italia' (Irmãos de Itália), de Giorgia Meloni, com 24% a 25% das intenções de voto, à frente do Partido Democrático, de Enrico Letta, de centro esquerda, com 21% a 22% dos votos.
Nos lugares seguintes estavam o Movimento 5 Estrelas (13 a 15%) e os partidos de direita e extrema-direita Liga (12%) e Força Itália (8%).
Devido à pulverização partidária, nenhum partido deverá obter uma maioria suficiente para governar sozinho.
A direita e a extrema-direita conseguiram um acordo de coligação que poderá levar Giorgia Meloni ao poder, juntamente com o partido conservador Força Itália, do ex-primeiro-ministro Sílvio Berlusconi, e da Liga, de Matteo Salvini, conhecido pela sua política dura contra a imigração.
Em tese, o mandato do Governo acompanha o mandato do parlamento, que é de cinco anos, mas a Itália é conhecida pelas crises políticas e pelos muitos governos.
Desde as eleições de 2018, os italianos tiveram três governos: dois chefiados pelo líder do Movimento 5 Estrelas, Giuseppe Conte, e outro por Mário Draghi.
As eleições de hoje foram marcadas depois de o Movimento 5 Estrelas ter decidido abandonar a coligação governamental. O primeiro-ministro, Mário Draghi, optou por renunciar, em julho passado, fazendo cair o Governo, dois anos após a sua constituição.
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