A adesão foi revelada pelo Diário do Povo, órgão oficial do partido, num texto que elogia as pessoas que contribuem para o desenvolvimento da China.

O jornal não especifica quando é que o empresário passou a fazer parte do partido.

Ma não é o primeiro bilionário chinês a entrar para o partido, que também conta, entre os seus 89 milhões de filiados, com o empreendedor imobiliário Xu Jiayin e o fundador do Grupo Wanda, Wang Jianlin.

Até o momento, Jack Ma, considerado pela Forbes como o homem mais rico da China, afirmava que preferia permanecer afastado da política.

No artigo publicado na segunda-feira, o Diário do Povo destaca que Ma desempenhou um papel importante no desenvolvimento da iniciativa "Rotas da Seda", um ambicioso programa de investimentos euro-asiático em infraestruturas do presidente chinês, Xi Jinping.

Também é considerado um dos "principais arquitetos do socialismo com características chinesas na província de Zhejiang", onde fica a sede do grupo Alibaba, completa o texto.

A Alibaba disse à Reuters que as ligações políticas de Ma ao partido não têm impacto nas operações da empresa. "A filiação política de qualquer executivo não influencia o processo de tomada de decisão nos negócios da empresa", afirmou um porta-voz por email esta terça-feira.

Aderir ao partido pode ser útil para os empresários na China, que muitas vezes precisam de abrir caminho num ambiente em que a economia estatal domina muitas das indústrias e dos negócios privados.

Xi Jinping tem tentado retomar a expansão da influência do Partido Comunista nos negócios privados, com a exigência de que qualquer empresa com mais de três membros do partido estabeleça uma célula da formação. Três em cada quatro empresas privadas já contam com organizações do partido.