“Saber se este caminho de avanços que se verificaram nos últimos três anos e meio é para continuar ou se vamos, outra vez, assistir à cepa torta do PS, PSD e CDS de fazerem uma política que serve os grandes interesses e os poderes”, disse Jerónimo de Sousa, num comício na Praia Fluvial de Olhos de Fervenças, no âmbito do Passeio das Mulheres CDU do Porto.
Para o dirigente comunista, “é nesta encruzilhada que estamos neste momento e, por isso, precisamos do voto na CDU porque falta mais de meio caminho e continuamos a ter problemas estruturais de fundo, que se colocam ao país”.
Perante algumas dezenas de pessoas, Jerónimo de Sousa afirmou que Portugal não foi mais além da reposição de rendimentos e direitos porque “o PS não tinha no seu programa, nos seus objetivos, esses mesmos avanços que se verificaram”.
“É preciso continuar esta política de reposição de rendimentos e direitos, é preciso, por exemplo, a valorização dos salários, que é uma questão de emergência nacional e que também tem a ver com as mulheres” trabalhadoras e a sua emancipação, frisou.
“É essa luta que vamos travar agora a partir desta batalha das eleições legislativas [06 de outubro], nas quais se vai decidir muito”, acrescentou o líder do PCP, defendendo mais proteção social e mais direito ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) para as mulheres e o aumento das pensões e reformas “de miséria”.
Num balanço sobre na legislatura que está quase a terminar, Jerónimo de Sousa salientou que o PCP não “desperdiçou nenhuma oportunidade de repor direitos e rendimentos aos portugueses e, por isso, é importante darem-nos mais força para assegurarmos avanços necessários na inversão da exploração, das desigualdades, das discriminações, da violência das mulheres no trabalho e na família”.
“Fomos capazes de dar uma contribuição decisiva para uma solução política nova e para a reposição dos rendimentos e direitos, muitas vezes contra o PS e o seu governo, que não queria o aumento extraordinário das pensões e reformas, a gratuitidade dos manuais escolares, a reposição, de certa forma, da melhoria do abono de família, que não queria acabar, mesmo em relação aos pequenos empresários, com o pagamento especial por conta”, enumerou.
Segundo o dirigente comunista, “tantos e tantos avanços” que só foram possíveis à custa do PCP e da “sua força”.
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