“É difícil acrescentar alguma coisa àquilo que muita gente tem dito. Os meus sentimentos para aqueles que partiram e forças para aqueles que ficaram", lamentou o técnico dos ‘red devils'.
Para José Mourinho, a desgraça, que também devastou aldeias, vilas e queimou milhares de hectares, tira importância ao futebol e é uma realidade complicada de aceitar.
"O futebol perde força e significado perante tragédias como estas. É difícil de aceitar, é uma realidade. São tristes as palavras que possa ter diferentes de todos os portugueses. A única coisa que poderia acrescentar é que trocava facilmente um resultado de futebol pela vida das pessoas que perderam e a desgraça que assolou tantas famílias, direta e indiretamente", disse.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 37 mortos, sete desaparecidos, 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.
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