Aos 55 anos, o advogado e professor assenta a sua candidatura no lema "(Re)criar Castelo Branco", através do qual afirma que as ideias, a criatividade e a cultura são essenciais para o desenvolvimento económico do município.

"A criatividade gera crescimento. A Castelo Branco compete explorar aquilo que a distingue", afirma.

Natural de Coimbra e a residir em Castelo Branco desde 1998, este licenciado em Direito e docente no Instituto Politécnico de Castelo Branco tem uma sociedade de advogados com sede no concelho e escritórios em Idanha-a-Nova e em Lisboa.

“Castelo Branco, tendo iniciado tarde a sua estratégia de desenvolvimento, acabou, nalgumas situações, por repetir os graves erros cometidos por muitas outras cidades deste país, não os prevenindo", diz.

O centrista dá como exemplo o urbanismo, com a construção de bairros e prédios que se limitaram a “repetir as asneiras” já prosseguidas noutras cidades: "Por isso é que temos hoje bairros e prédios em Castelo Branco que em nada se distinguem do pior que se edificou nas zonas suburbanas da Grande Lisboa e Porto".

No seu entender, em múltiplas situações confundiu-se o desenvolvimento, o progresso e a modernidade com a política de novo-riquismo, de que é evidência a aprovação e o licenciamento de milhares de metros quadrados de grandes superfícies comerciais, "perfeitamente desajustada à realidade económica e social do concelho e distrito de Castelo Branco".

José Pedro Sousa volta a colocar em cima da mesa, e como prioridade para Castelo Branco, a construção do Itinerário Complementar (IC) 31, que liga a Autoestrada (A) 23 à fronteira espanhola nas Termas de Monfortinho, onde já tem seguimento através da ‘autovia’ espanhola que faz ligação até Madrid.

"É uma via que irá contribuir para aproximar a Beira Baixa à Estremadura espanhola, e que, numa visão mais abrangente, permitirá estabelecer uma alternativa mais curta e rápida nas viagens Lisboa/Madrid. O IC31 possibilitará que o tráfego vindo da Europa em direção a Lisboa opte por atravessar este novo corredor criado na região Centro, aumentando a circulação na A23", frisa.

Nestas autárquicas, o CDS volta a ter uma missão difícil, num concelho liderado há duas décadas pelo PS.

Em 2013, os socialistas conseguiram eleger seis mandatos, contra dois do PSD. Antes desse ano, os social-democratas só tinham conseguido dois vereadores em 1997.

Quanto às restantes forças políticas, a CDU conseguiu nas últimas autárquicas voltar a ser a terceira maior força do concelho, relegando o CDS-PP, que ocupava esse lugar em 2009, para a quarta posição. Seguiu-se o Bloco de Esquerda.